Mestres

sábado, 5 de junho de 2010

ESCUTE, ZÉ NINGUEM!



O livro é um desabafo, uma resposta e um recado de Reich a todos que não o compreenderam, aos que o atacaram e traíram; ao homem do povo, aos cientistas e aos políticos; a todos nós enquanto profissionais do humano e enquanto seres humanos.
Analisa o “Zé Ninguem” produto de uma sociedade manipulada por uma minoria que detem o poder; o “Zé Ninguem” que se mantem inconsciente destas manipulações; o “Zé Ninuem” que não se percebe, que não mantem contato com seu interior; o “Zé Ninguem" que não sabe amar a si próprio, à vida, ao outro, à natureza. O “Zé Ninguem” que não quer enxergar a verdade, que não quer libertar-se. O “Zé Ninguem” que deposita nas mãos do outro a responsabilidade da própria vida, que não é capaz de reconhecer um grande homem; não é capaz de vê-lo como um ser vivo, uma criatura humana. O “Zé Ninguem” que teme o prazer e o reprime, que teme a entrega ao amor.
Escute, Zé Ninguem! Fala também ao meu Zé Ninguem que procuro esconder com couraças, disfarçando de tantas maneiras. O meu “Zé Ninguem” que se revolta com a injustiça, mas que cala a voz e se acomoda ante à vida. O meu “Zé Ninguem” que contém a emoção, que reprime gestos, que controla ações porque nossa sociedade não compreende a espontaneidade. O meu “Zé Ninguem” rebelde que a maturidade deixou pela estrada. Também falou ao meu “Zé Ninguem” inquieto, que busca a todo instante reconhecer suas limitações, aceitar-se e ser autêntico.
Escute, Zé ninguem! Nos leva a refletir sobre o homem- sujeito de nossa atuação como psicólogos. Esta reflexão não se limita ao outro, mas a nós próprios, ao nosso trabalho interior permanente que nos ajuda a sermos cada vez mais conscientes de nós mesmos. Nos leva a acreditar nas possibilidades e potencialidades do homem que não teme a liberdade, que não teme ir ao encontro de si próprio rumo à sua grandeza.
“Escuta a voz do teu coração, ainda que tenhas de afastar-te do caminho trilhado pelos timoratos. E não consintas que o sofrimento te torne duro e amargo. E assim, na quietude do cair da tarde, quando me sento na relva em frente de minha casa, depois de um dia de trabalho, com a minha mulher e os meus filhos, ouço no pulsar da natureza à minha volta a melodia do futuro.” Reich
Eleonora Fonseca Vieira, 1997

http://www.martinsfontespaulista.com.br/site/detalhes.aspx?ProdutoCodigo=130394

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