A maioria das pessoas vive a criticar os políticos, os corruptos, os
ladrões. Entretanto me estarrece o fato de não perceberem que, de certa forma,
não são tão diferentes de tantos que são alvo de suas observações.
Será que não são ladrões os que fazem instalações clandestinas de água e
luz? Os que procuram dar sempre um “jeitinho” para conseguir as coisas? Os que
recebem troco a mais e não devolvem? Os que andam pelo acostamento “roubando” a vez dos que pacientemente esperam?
Não são corruptos quando se relacionem visando alguma vantagem?
Não são desonestos quando mentem sobre seus sentimentos, quando enganam,
quando traem?
Os nossos políticos nada mais são que um reflexo de nossa sociedade. São
os representantes de um povo que os colocou no poder; no fundo querem apenas
uma oportunidade de ganho fácil, pois neste país trabalho é coisa sem valor.
Vencer pelo próprio esforço? Nem pensar. Os jovens voltam-se para o que
consideram o “ganho” fácil, porque não se cultivam mais virtudes – honestidade,
perseverança, solidariedade – ou cultura.
O Deus é o dinheiro, o material; é o corpo sarado, é o sexo, a
ostentação.
Nesta busca do ter, cada vez mais vemos as pessoas infelizes, vazias.
Nada preenche seu interior posto que oco está pelo desejo insaciável de
superficialidades.
Os sentimentos duradouros esvoaçaram, quem sabe levados pela irrealidade
de um padrão de vida fútil, de relacionamento descartáveis, como todas os mercadorias
resultantes do atual sistema de produção.
Há uma busca desenfreada pela permanência da juventude, a qualquer
preço, e, desta forma, a maturidade não chega, já que permanecem aprisionados
às sensações adolescentes.
É muito triste observar nossa sociedade contemporânea; a sociedade da
mentira, dos fakes.
Em meus 60 anos vivi inúmeras mudanças, presenciei vitórias, lutas,
tristezas.
Mas hoje o meu sentimento é de total decepção com um povo que se
identifica com protótipos criados pela mídia, objetivando exatamente que se sintam
infelizes, feios, velhos, insatisfitos, inadequados, para que possam
reverenciar e seguir na busca desenfreada da ilusão oferecida pela mídia a
serviço do Senhor Caapital.
Compre beleza!
Compre juventude!
Compre status!
Compre a mentira!
Compre o falso!
Você só será bem visto se se enquadrar nos modelos estabelecidos.
Então...
Compre pois, sua felicidade.
... E ela nunca chega...
Porque a insatisfação é o sentimento permanente, é ela que fará você ir
às compras para alimentar a fera capitalista.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTambém ir à Literatura para alimentar a alma. Ir à Natureza para alimentar o Microcosmo...
ResponderExcluirSaber consumir com consciência daquilo que se consome. consumir aquilo que está dentro do nosso orçamento doméstico. Eu gosto de comprar. Comprar livros, bons alimentos, bons sapatos, vestuário de qualidade. Pagar as contas em dias. lazer de qualidade. Isso é bom. consumir por necessidade. Ilma S. Vieira
ResponderExcluirNossos políticos precisam cuidar mais do lado espiritual. Eles são todos corrompidos pelo capitalismo.Não só os políticos , como também os próprios capitalistas gananciosos banqueiros, fazendeiros, latifundiários, industriais e todos precisam muito cuidar do lado espiritual e o povo também. Não é o dinheiro que corrompe. É a ganância pelo dinheiro que provoca desigualdade social.
ResponderExcluirNossos políticos precisam cuidar mais do lado espiritual. Eles são todos corrompidos pelo capitalismo.Não só os políticos , como também os próprios capitalistas gananciosos banqueiros, fazendeiros, latifundiários, industriais e todos precisam muito cuidar do lado espiritual e o povo também. Não é o dinheiro que corrompe. É a ganância pelo dinheiro que provoca desigualdade social.
ResponderExcluirSaber consumir com consciência daquilo que se consome. consumir aquilo que está dentro do nosso orçamento doméstico. Eu gosto de comprar. Comprar livros, bons alimentos, bons sapatos, vestuário de qualidade. Pagar as contas em dias. lazer de qualidade. Isso é bom. consumir por necessidade. Ilma S. Vieira
ResponderExcluir